ai altar de martírios
porque
o holocausto
o sangue definindo o terror e deflagrando
tonalidades adocicadas no
imo
os músculos se desapegam da força
e recrudescem à inocência
o cordeiro o matamos
seus olhos estatelados observam
o gelo de seus olhos
o cordeiro que se condoeu de nossas imperfeições
aqui a dor se esvai
aqui um lugar a fim de zumbis que se ruminem
nas omoplatas que autocalcificam a dúvida
a dúvida
entanto
somos ainda coesos na agreste ceguidão que dementa sementes de girassol
obstinada mania persecutória
pela luz
e somos felizes
assim
amém
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